Este Caos organizado que chamamos Vida


Uma vez que um óvulo é fecundado por um espermatozóide, a informação genética contida no DNA das duas células fica combinado dentro do novo ovo, assim, programado  para obedecer as leis da reprodução, este ovo começa a desenvolver as características físicas dos progenitores.

No final do processo, o resultado é uma réplica de características combinadas do pai e da mãe nos ossos, na pele, nos órgãos, nas características do nariz, do cabelo, da forma dos olhos…
E fica mais alguma coisa… também ganha os  30 ou mais anos de experiência humana, acumulada em cada uma das células do corpo dos pais até o momento da concepção.

Nesses 30 ou mais anos, cada uma das células do corpo dos pais, já conseguiu rescrever algumas linhas de evolução pessoal no seu código genético sem nos apercebermos…

A informação contida no green_and_red_196185núcleo das suas células já sofreu uma transformação evolutiva que ira condicionar, para bem ou para mal, o futuro do novo organismo que irão gerar.

O casal pode ter vivido momentos de stress bastante difíceis durante a gestação do novo ser em questão.  Momentos complicados por ter que mudar de casa por exemplo; ou de estarem desempregados e ficar a olhar um para o outro sem poder imaginar um futuro promissório.   Esta trepidação emocional imprime um alerta vermelho em muitos dos parágrafos relativos ao programa de sobrevivência estipulados geneticamente já na experiência da espécie.

Estamos a falar de algo vivo, de algo dinâmico, de organismos que passamos pelo tempo a desenvolver um corpo e actividades físicas e mentais… por isso escrevo com as palavras: processo, vivo, desenvolver, transformação evolutiva.

Nos encontramos no meio dum rio da vida, no vórtice dum processo de desenvolvimento natural do universo e que chamamos de natureza.  A nossa vida não é estática, continua e não pára.  Este fluxo é determinado pelas leis naturais, onde a força que anima o universo também determina o nosso fluir…   Assim como encontramos a força gravitacional no universo, encontramos forças magnéticas, eléctricas ou de calor na natureza.   Todas essas forças têm vindo a se refinarem duma maneira sofisticada tomando formas dentro do que reconhecemos como a evolução das espécies (Ver proximamente: A origem da Força Vital)

É essa mesma força que imprime alterações no formato matricial do nosso DNA celular. 

Quando o casal no exemplo que vimos acima, procria um novo ser nas circunstâncias mencionadas, todo esse formato matricial modificado e contido em forma potencial nas células do novo ser, virá a manifestar-se no momento em que o menino/a entre num stress muito específico.

Um exemplo comum na minha pratica: O Joaozinho nasceu do nosso casal aqui convidado, e em quanto dura a amamentação poderá o menino estar aparentemente bem de saúde, mas quando começa a relacionar-se com outros meninos no infantário, começa a manifestar fraqueza do sistema imunitário e sofrer de amigdalite, bronquiolite, e/ou otites de repetição.  Claro que podem aparecer outros sintomas, mas este só serve como exemplo.
Mais a frente, poderemos verificar que quando o menino já mais crescido muda de escola, poderá ter dificuldade na sua readaptação, e poderá desenvolver um carácter tímido e amedrontado.

Todo este drama, estas cenas, são linhas na informação genética que ficaram para ser reproduzidas quando o palco da vida põe a prova a integridade do novo organismo.

É o novo padrão informatizado no código genético a estabelecer que o menino, fica para já susceptível às circunstâncias onde é preciso ter cintura para a mudança…  (Ver: A susceptibilidade à doença)

O mais interessante dentro deste teatro natural e vital, é que podemos apagar essa informação recentemente adquirida no menino.  Podemos estimular essa força que anima o pequenote, de maneira que as sombras, os traços escuros que se evidenciam no seu desenvolvimento em forma de doença, desapareçam do mapa genético de forma permanente e que recupere o menino a capacidade de lidar com as circunstâncias e desafios naturais e normais que cada um de nós experiência.

A intervenção, se queremos reformatar o padrão de sobrevivência do menino, terá que ser necessariamente no âmbito desse fluxo vital, no âmbito da força que dá forma às coisas e que organiza a vida.

Aquilo que a vida traz, só a força da vida pode remover.  Essa é uma máxima que um tratamento vitalista como a Homeopatia compreende.

 Se compreendemos as circunstâncias onde a patologia foi formada no exemplo do Joãozinho acima exposto, e se conseguimos ler as características do transtorno no seu padrão de saúde normal, podemos aplicar o estímulo dum medicamento homeopático específico e individual.  Certamente irá apagar essa informação em défice que foi adquirida durante o tempo da sua própria gestação.  E mais, irá beneficiar o miúdo com um desenvolvimento saudável, não unicamente no nível físico, desaparecendo a tendência às infecções recorrentes, senão também terá benefício em níveis mais profundos, verificando os pais que o menino já não é tímido, e que os medos que antes tinha, desapareceram completamente.

De aqui para a frente, as mudanças na vida da criança, quaisquer que sejam, serão agora só um estímulo que fortalece o desenvolvimento saudável.  Já não fica frágil perante as circunstâncias.

Perante um aparente caos existencial, existem leis que nos permitem trabalhar a favor da evolução.
As leis que fazem o organismo adoecer, podem fazer o organismo curar.

São as leis da força da vida.    As leis da Força Vital.  As leis que aplica a Homeopatia.